Não fique sem mão de obra com a Copa do Mundo
Artigo revisado pelo Comitê
Com a Copa do Mundo batendo à porta, as empresas de limpeza sofrem com a falta de mão de obra. A tendência é que os preços dos serviços oferecidos subam por causa dessa carência.
Para as empresas especializadas que trabalham com colaboradores terceirizados será mais difícil manter funcionários em quadro. Evidentemente, há a possibilidade de fechar mais contratos nessa época do ano e faturar mais, mas também será mais complicado administrar a ida e vinda dos colaboradores. Com o incremento da demanda, a diária de um técnico especializado será substancialmente mais alta.
A previsão é de que o setores de limpeza, segurança privada e transporte sejam os mais afetados com a escassez de mão de obra temporária. De acordo com a Federação Internacional de Futebol (Fifa), somente para atuar diretamente no evento, nas 12 cidades que serão sedes do mundial, serão necessários cerca de 36 mil trabalhadores. Boa parte desse efetivo deve vir com experiência prévia, por ter sido utilizado durante a realização da Copa das Confederações. O Comitê Organizador Local (COL) prevê o recrutamento de mais de 27 mil funcionários. Somados, chega-se a um patamar de 63 mil pessoas trabalhando durante a Copa do Mundo.
Com a falta de profissionais, a tendência é que os preços dos serviços oferecidos pelas empresas especializadas subam. Entrariam aí os custos com a parte estrutural, que seriam maiores: trazer colaboradores de outros estados, valor da diária incrementado, custo da formação dos funcionários, entre outros aspectos.
O movimento seria similar ao que acontece nas cidades litorâneas durante o verão, quando o salário de um faxineiro, por exemplo, chega a dobrar de valor. Custo para empresa e custo também para a população em geral, que continua necessitando de serviços profissionais de limpeza para suas casas, apartamentos e condomínios, porém terá que pagar mais para assegurá-los.
Quem quiser aproveitar a onda de crescimento do setor de limpeza durante a Copa do Mundo, deve ter em mente a importância de contar com equipamentos modernos para a mecanização dos processos de limpeza. Este será um grande diferencial, capaz de suavizar a falta de mão de obra.
Segundo a Associação Brasileira do Mercado de Limpeza Profissional (Abralimp), a falta trabalhadores do sexo masculino, capazes de assumir um serviço mais pesado, será um dos problemas mais evidentes. Muitas das empresas responsáveis pela manutenção dos estádios de futebol são internacionais e já pensam, inclusive, em trazer mão de obra do exterior, devido a essa carência.
Os profissionais estão buscando “seu lugar ao sol” nesse mercado aquecido. Por isso, setores como limpeza e alimentação, que são os que têm remuneração mais baixa, sofrem a cada dia o peso crescente dum vazio no volume de mão de obra disponível. E os problemas não param por aí: também há a falta das qualificações adequadas e, em alguns casos, a regulamentação da própria atividade comercial.
Quem não tem situação jurídica regularizada, não pode prestar qualquer tipo de serviço às partes organizadoras do evento. É preciso ainda estar atento às mudanças na legislação que acabam impactando o setor, como uma lei de 2013 que prevê curso de qualificação para profissionais que atuam na segurança de grandes eventos.
Se sua empresa está perdida, corra atrás da informação necessária para ajudar-lhe na gestão do seu negócio e evitar surpresas de última hora.