Segurança no trabalho em altura

Os profissionais que atuam com limpeza estão expostos a riscos que variam de acordo com o grau de dificuldade do trabalho. Os serviços em altura estão entre as atividades que oferecem um alto grau de perigo e a utilização dos equipamentos de segurança apropriados pode ser vital na realização do trabalho.

Nos dias 25 e 26 de setembro foi realizado, em Santa Catarina, o Seminário NR 35 - Trabalho em Altura, abrindo espaço para a discussão da importância de se colocar em prática as normas de segurança na prestação deste tipo serviço. Conforme dados do Ministério do Trabalho e do Emprego 40% dos acidentes de trabalho que acontecem no Brasil são relacionados a quedas. Essa estimativa afeta inclusive o setor de limpeza e manutenção, principalmente as empresas atendem demandas de limpeza de fachadas e de vidros, trabalhos verticais que exigem acesso por cordas.

Vale ressaltar que, de acordo com a norma regulamentadora 35, quando um profissional realiza um serviço estando a dois metros do nível do solo, já é considerado um trabalho em altura. Como é considerada uma atividade de risco, o profissional deve utilizar todos os equipamentos de proteção obrigatórios e a empresa é a responsável pelo cumprimento dessa norma.

Os equipamentos para trabalho em altura requeridos são o cinturão de segurança com dispositivo trava-queda e o cinturão de segurança com talabarte. Além de oferecer esses dispositivos de segurança, o empregador também tem a função de:

• treinar e capacitar os profissionais
• analisar previamente o local de trabalho e os riscos oferecidos
• planejar e implementar procedimentos de segurança
• informar os profissionais sobre riscos e medidas de controle
• providenciar autorização para a realização do trabalho
• acompanhar o cumprimento das medidas de segurança
• suspender o trabalho quando for verificado algum risco não previsto
• avaliar periodicamente o estado de saúde dos profissionais

Colocando as normas em prática

Segundo a organização do Seminário NR 35, um dos maiores desafios enfrentados para reverter o quadro de acidentes de trabalho em altura é a barreira cultural, pois tanto empresas como profissionais consideram normal prestar serviços sem a utilização de equipamentos de proteção, como por exemplo, o cinto de segurança. Afirmam ainda que se os profissionais não trabalhassem “soltos", confiando em seu próprio equilíbrio, já seria um grande avanço para a realidade do setor.

Outro desafio apontado é a falta de inspeção por parte do Ministério do Trabalho, que atua com poucos fiscais, e pela Vigilância Sanitária, que direciona seu serviço a outros agravos à saúde e resiste em fiscalizar a saúde do trabalhador.

O profissional que exerce trabalho em altura também tem parte da responsabilidade e deve zelar pela sua saúde e segurança, atuando conforme as exigências impostas pela NR 35. Vale ressaltar que o trabalhador que não colaborar para o cumprimento das normas pode ser demitido por justa causa.

Existem no mercado instituições especializadas em treinamento para trabalho em altura, que podem oferecer a sua empresa toda a orientação necessária. Se você deseja ter um serviço mais personalizado com o acompanhamento do dia a dia da sua empresa, pode contratar técnicos e engenheiros em segurança do trabalho, que estão preparados para planejar, organizar e inspecionar a execução de todos os procedimentos de acordo com as normas. Assim a sua empresa atuará de forma preventiva, prezando pela saúde de seus profissionais e garantindo ainda um serviço qualidade.

Fotos (ordem de aparição): por Vertical Rope Work e Akf Alpinismo e Manutenção